Nikolau Momm
Nascido em 20.11.1873 na Fazenda Sacramento em Santo Amaro da Imperatriz, filho de Wilhelm
Momm e Anna Maria Franzener.
Casou-se com Margarida Gorges nascida em 24.01.1875,
filha de João Gorges e Catharina Winter.
Estabeleceram-se no Morro Garcia. Iam bem com seu dadivoso cafezal. Mas quando a malária
levou a vida de seu filho Simeão, em 1916, com apenas dez anos de idade, foram
para Grão Pará.
Lá compraram dois lotes de terra apegados à Vila. Havia muita mata virgem de maneira que
Nikolau doou toda a madeira para a construção da Igreja de Grão Pará, concluída em 1920.
Nikolau também era dono de um bom engenho de farinha de mandioca. Os tropeiros lageanos
gostavam de comprar da boa farinha do Seu Nikolau.
Por intermédio de seu genro, José Carlos Koch, Nikolau adquiriu sete lotes de terra em
Barra Nova, hoje pertencente ao município de Petrolândia, vendidos por Ângelo Monteiro. Custaram trinta contos de réis. Nikolau
queria deixar uma herança para os filhos.
Tendo vendido por vinte e sete contos de réis a sua propriedade m Grão Pará, fez a mudança
para Barra Nova, no mês de outubro de 1931. A mudança foi levada num carroção puxado por quatro cavalos, com mais um de reserva.
Tudo havia sido providenciado pelo genro José Carlos Koch.
A viagem durou mais de uma semana. Em Barracão,
hoje Alfredo Wagner, pousaram na casa de Fridolino Thiesen. Em Salto Grande, hoje Ituporanga, ficaram na casa do irmão Pedro
Momm.
A mata virgem, as estradas intransitáveis, um povoado de caboclos perigosos em Barra Nova,
tudo isso deixou a família inconformada, arrasada, próxima ao desespero, principalmente as filhas já moças. Mas não havia
outro jeito... Graças à coragem e à fibra de pioneiros acabaram vencendo.
Nikolau eram um homem de pouca conversa. Pode dizer-se que o lema de sua vida era religião
e trabalho.
Acometido pelo câncer de esôfago, chegou a dizer: Ich hann mein ganz. Leva fia dat
taegliche Prut geschaft, on jetz mos ich aus Hunga sterva. A vida toda trabalhei pelo pão de cada dia. E agora devo morrer de fome.
Sua religiosidade era profunda. Aos domingos ia à missa ou à reza. A tarde seu entretenimento
era ler o Handpostille, de L. Goffiné, e outros livros de piedade.
Foi presidente da Capela de Barra Nova e devotado congregado mariano. Sentia-se feliz em
ter um neto (Pe. Dorvalino Koch) a caminho do sacerdócio e uma filha (Calina) a caminho da vida religiosa.